quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Pesadelos ou Terrores Noturnos? Parte I


Por vezes, é normal que as crianças acordem a chorar, estando os medos relacionados com a sua atividade onírica, os sonhos, ou na sua pior "espécie": Os pesadelos. No entanto, muitos dos pais sentem-se confusos sobre o que fazer, ou como reagir para confortar a criança. É importante distinguir “sonhos maus” de terrores noturnos, pois estes exigirão, por parte dos pais, formas distintas de acalmar a criança!



Terrores Noturnos

A fase dos terrores noturnos é mais frequente por volta dos dois, três anos. Estes são característicos da fase de mudança do ciclo de sono, e correspondem a uma altura em que a criança está alheada da realidade. Neste caso, a criança não chega a acordar completamente, mas grita e chora intensamente, parecendo por vezes que quer defender-se de algo. É normal que os pais se assustem e encontrem o seu filho de olhos abertos, sentado na cama, mas sem fixar o olhar, naquilo que parece ser, um elevado estado de desorientação e pânico. Pode acontecer inclusive que a criança evite os pais, rejeitando a sua ajuda, já que estes podem assumir um papel não reconhecido no contexto do evento do terror noturno. No entanto, de manhã, a criança acordará sem qualquer recordação do episódio. 



Como lidar?
 
Não devemos tentar acordar a criança, apenas evitar que ela se magoe, tentando manter a calma e aguardando que o evento passe. É garantido que vai passar, por mais longo que pareça aos pais. Poderá ajudar apresentar uma “solução reparadora”, sem acordar a criança ou pegá-la ao colo, sendo que o contacto físico forçado, poderá ser respondido pela criança com brusquidão - é neste ponto que os pais tendem a assustar-se com a reacção e ficam mais baralhados que a própria criança:” Quando tentei pegá-lo ao colo, deu-me um safanão no meio de gritos…”

Poderá ser importante reforçar que está tudo bem, numa voz calma e tranquila, tentando reencaminhá-la para o sono, através da “condução de ideias” que referenciem elementos familiares e conhecidos da criança, eventos preferidos do dia-a-dia, que esta identifique como agradáveis ou mesmo divertidos. Esta solução que é a relatada como a de maior sucesso, age no sentido de “puxá-la “ do inconsciente indefinido" e agitado, e assim diminuir a intensidade do pânico com vista a cessá-lo mais depressa. De facto, tentar acalmar pode não resultar, e lembre-se que, por mais estranho que pareça, o seu filho não está a sentir medo, não está consciente e acima de tudo, não está possuído por alguma “força oculta”. Pode ser ansiogénico para os pais assistir ao “estado de pavor” da criança, mas estes episódios, quando não muito frequentes em continuidade, são normais e fazem parte do desenvolvimento. O maior pavor é, de facto, sentido pelos pais! 



Pesadelos
( Saiba como lidar com os Pesadelos no meu próximo "post")!


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