sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Subestimar o potencial de aprendizagem do bebé pode arruinar o seu sono

Felizmente a maior parte dos pais que me procuram sabem que os bebés estão, desde que nascem, altamente predispostos a aprender e que toda a sua recente vivência é aprendizagem. O que os pais podem precisar de aprofundar é que, sendo uma condição humana, esta deve ser vista como uma capacidade a potenciar em benefício do próprio bebé e do seu próprio bem-estar.


O seu cérebro absorve naturalmente toda a informação da nova vida, deste “novo mundo”. No entanto, toda esta vivência, toda esta informação é adequada ao seu nível de experiência, conhecimento e expetativa, que naturalmente ainda é limitado.


Na prática da aprendizagem nesta fase da vida, tal como em qualquer idade, o processo é otimizado pela repetição. No entanto, os resultados da aprendizagem pela repetição só serão potenciados caso se façam acompanhar de consistência, congruência, clareza de eventos e numa base lógica de adequação funcional face às necessidades e capacidade reais do bebé.


Acontece passar um pouco despercebido aos pais estas astutas aptidões de aprendizagem. Ocorre muitas vezes uma desconexão entre aquilo que os pais acham que o bebé aprendeu e aquilo que de facto estão a ensinar inadvertidamente. É comum que os pais nem cheguem a ter consciência que ensinaram algo indesejado e que está a comprometer algo importante, atribuindo algumas razões às “manhas”. Claro que nunca o fazem conscientes disso. Isto apenas acontece quando, sem qualquer intenção, se ignora que o bebé está aprender absolutamente tudo. Os momentos de convívio, o tipo de respostas ao choro, posturas, soluções para cada reação/estado do bebé, estão a ser alvo de absorção e associação pelo próprio bebé. É assim que ele desenvolve o encadeamento do seu mapa mental e de todos os conceitos em desenvolvimento.


Por exemplo, quando um bebé chora, independentemente da razão, ele estará muito atento ao momento em que voltará a sentir-se bem depois do choro. Além das razões do choro, ele estará mais atento à solução usada. Torna-se justo, por isso, que se facilite a sua organização causa-efeito para uma harmoniosa e justa construção do mapa mental de conceitos. Deste modo é possível nivelar o que é justo o bebé poder esperar. Esta adequação de expectativa evita a intensificação dos períodos de choro.


Não sendo exclusivo, é curiosamente no campo do sono do bebé, onde se verifica a maior desconexão entre aquilo que os pais esperam que o bebé saiba fazer e aquilo que de facto o ensinaram a fazer, ainda que com a melhor intenção.


Se por exemplo um bebé mamar imediatamente antes de dormir antes de cada sesta e antes de ir dormir à noite (de forma padronizada e continuada) ainda que durante o dia isso não evidencie aparentemente um grande problema, ao longo do tempo dará razões para começar a revelar-se um problema durante a noite. A associação direta de leitinho/mama ao sono, continua no a ser dos hábitos mais difíceis de gerir pelos pais no período da noite. Sabendo que o sono não é contínuo, e caso o bebé não tenha aprendido a adormecer de outro modo durante o dia, é justo que sempre que desperte, e não consiga re-adormecer imediatamente, venha a apresentar desconforto pelo cansaço de não estar a dormir, mas também porque espera a sua solução “pré-sono”, neste caso: leitinho/mama.


Existem variadíssimos exemplos como este, mas todos eles de uma maneira ou de outra descuram o potencial de aprendizagem do bebé.


Reforçando a informação de que os bebés quando estão cansados/com sono choram, independentemente do local (no colo, no berço, etc.), é importante que os pais possam lembrar que persistir numa qualquer solução para acalmar nesta circunstância, mesmo para além do bebé estar calmo, é associado por este, como “a solução para dormir”. O bebé está sempre a aprender. Ensinar o bebé a dormir, neste caso pressupõe parar de acalmar antes do bebé adormecer - e nessa altura coloca-lo no berço, calmo mas acordado. 


Melhor que acalmar um bebé para dormir é mesmo ensinar o bebé a acalmar (em vez de apenas o acalmar). Mas ensinar a acalmar passa também por compreender quais as possibilidades que o bebé teria de o fazer por si com os seus próprios recursos, a curto, médio e longo prazo.


Como exemplo, se para dormir só se oferecer colo para acalmar o bebé, é normal que ele não podendo fazê-lo sozinho, espere por esse colo milagroso para acalmar e voltar a dormir, chamando por ele sempre que sinta necessidade, especialmente porque não sabe readormecer doutro modo. A “solução colo” para acalmar o choro do bebé não é só usado no momento de dormir. É popular que para qualquer razão de choro os pais ofereçam o colo como primeira solução. E como o bebé está sempre a “absorver”, ele vai associar que para se sentir bem, quando chora, precisa de colo. Haverá uma altura que o bebé terá razões para não se sentir seguro em mais lado nenhum, e o berço venha a ganhar “picos”.


Aprender a acalmar é das aprendizagens mais importantes que o bebé faz para toda a sua estrutura emocional. É igualmente, o melhor caminho para ensinar um bebé a desenvolver a sua capacidade de adormecer e readormecer. Mas ensinar a acalmar não pressupõe invariavelmente colo, porque na verdade o bebé aprende a acalmar onde lhe for dada a oportunidade repetida. Por questões de desconforto derivado do cansaço, o bebé muitas vezes entra numa espiral de choro e da qual não sabe sair, por não saber controlar-se física e emocionalmente. É comum alguns pais acharem que este choro possa ser o bebé “a lutar contra o sono” (outro mito). Normalmente derivado desta espiral é que se iniciam os hábitos indesejados para dormir, pois os Pais já estão capazes de qualquer loucura para que o bebé se acalme e durma (ou pior acabe mesmo ali a sesta). No entanto, caso sejam dadas condições, o autocontrolo desenvolve-se ao se ensinar a acalmar. E o bebé aprende e desenvolve essa capacidade desde cedo. (Curiosamente, é preciso autocontrolo e paciência dos pais para o ensinar). Abanar um bebé para se acalme é uma ilusão. Na verdade, só se está a distrair o bebé com o movimento “do mundo a abanar” e não ensina o autocontrolo. Pode no entanto, adormecer o bebé - e assim se perde mais uma oportunidade de aprendizagem protetora do sono.


Usar apenas soluções físicas ao longo do desenvolvimento do bebé, como solução para acalmar para que ele possa conciliar o sono de forma tranquila e autónoma é de louvar, pois não é adormecer de forma induzida o bebé, dando-lhe a ele a oportunidade de melhorar essa aptidão. Todavia pode ser redutor, combinando a dimensão do seu potencial de aprendizagem e o tempo que ainda tem pela frente.


Um bebé pode aprender a acalmar-se apenas com o tom e mensagem da Mãe (/cuidador), caso seja usado um tom calmo e tranquilizante e excluindo a fome e a dor (que existindo farão com que seja difícil que durma). Só não é tão comum observar-se tal fenómeno porque ao se desconhecerem as reais razões de choro, os pais começam desde cedo por persistir, de forma padronizada, em acalmar o bebé através de respostas/soluções físicas - como embalo, trepidação, mama, chucha entre outros.


Ensinar a acalmar fortalece o espirito, aprofunda o laço de confiança com os pais e a autoconfiança do próprio bebé. Para ser desenvolvido precisa que se compreenda o potencial de sintonia que o bebé pode desenvolver desde cedo com os pais e mais uma vez reconhecer que de pequenos só têm mesmo o tamanho. A sua capacidade de aprender é enorme!


O sono tem “as costas largas” e subestimar o potencial de aprendizagem com o qual os bebés humanos nascem, atrapalha pequenas e valiosas conquistas nas suas próprias autonomias básicas - como dormir.


Felizmente, tudo isto é passível ser desenvolvido adequadamente por qualquer Mãe ou Pai de forma quotidiana. A par do seu indispensável amor e paciência, ao conhecer e tornar as medidas adequadas num hábito, os frutos são altamente gratificantes para o descanso e qualidade de vida de todos.




sábado, 12 de outubro de 2013

A importância de boas rotinas nos bebés e crianças - Artigo com a Psicóloga Ana Amaro Trindade

As rotinas são fundamentais na vida dos bebés e das crianças. No entanto, não significa que qualquer rotina sirva em pleno as necessidades específicas de cada fase do desenvolvimento do bebé.


No campo do sono, uma rotina adequada pode desenvolver a existência de estabilidade no ritmo circadiano, o que permite um melhor desenvolvimento do bebé a todos os níveis – físico, intelectual e emocional. Num bebé, este campo é o melhor avaliador do ajuste da rotina (face à idade, peso e mesmo temperamento do bebé). O sono é dos primeiros campos a dar sinais de perturbação quando a rotina, ou conjunto de rotinas, não são apropriadas. Uma rotina desadequada afeta também padrões alimentares, o comportamento geral, e quando arrastadas para depois da primeira infância, pode mesmo ter um impacto negativo no temperamento da criança.


Estabelecer rotinas consistentes e adequadas permite ao bebé criar um sentimento de confiança e segurança no mundo, e uma organização cognitiva das vivências do dia-a-dia que optimiza a sua aprendizagem – ao acordar, fazer as refeições, brincar, fazer as sestas e no fim do dia tomar banho e ir para a cama todos os dias às mesmas horas, e com a mesma cadência, o bebé vai conseguir prever o que vai acontecer a seguir. Esta capacidade de antecipar ajuda-o a perceber o que esperar e a confiar que os seus cuidadores vão conseguir satisfazer as suas necessidades, o que lhe transmite um sentimento profundo de segurança.


Quando são ligeiramente mais velhos, uma rotina adequada tem também a vantagem de diminuir os conflitos na relação pais-filhos. Será natural, e até desejável, que as crianças pequenas confrontem os pais na procura de poder, que tentem fazer as coisas à sua maneira. No entanto, embora existam muitas escolhas que possam ser feitas pela criança – com que brinquedo prefere brincar, a cor do prato onde vai comer, ou que roupa lhe apetece vestir (desde que não sejam chinelos no Inverno), existem decisões que competem aos pais. Apesar de ser expectável que algumas crianças a partir de certa idade achem preferível brincar a ir dormir, questões como a hora de deitar não devem ser questionadas pelas crianças, embora logicamente o tentem fazer. Existindo uma rotina ajustada, uma consistência diária, a probabilidade de existirem conflitos diminui porque a criança sabe com o que conta e percebe que “vai ser sempre assim”. A rotina dita a lei e diminui a “insistência” dos pais.


As rotinas ensinam comportamentos positivos e responsáveis, que promovem a saúde e a segurança das crianças. Através delas aprendem, por exemplo que se deve lavar sempre as mãos antes das refeições ou que se deve dar a mão a um adulto quando se atravessa a estrada. Assumem também um papel crucial no processo de retirar a fralda, seja durante o dia ou mesmo à noite, pois além da iniciativa funcional, permitem regular fisiologicamente o organismo.


As rotinas ajudam a desenvolver competências sociais. O bebé rapidamente começa a observar os ambientes em que se encontra e os padrões específicos de cada contexto, as pessoas com quem vai interagindo (ou com quem vê os pais a interagir). Vai captando os sinais e as rotinas sociais, como por exemplo, dizer “Olá” e “Adeus”, as circunstâncias para diferentes posturas, ou até mesmo algo tão simples como ter que esperar pela sua vez de falar.


Importa, ainda assim, que o bom senso predomine, pois o excesso de rotinas se associado a um funcionamento rígido, inflexível e pouco empático por parte dos pais, pode anular estes benefícios.


Ana Amaro Trindade
Psicóloga Clínica

Carolina Albino
Especialista em Ritmos de Sono do Bebé


“Não se deve acordar um bebé que dorme” - Mitos que comprometem o sono do bebé

Uma informação incompleta quase sempre induz em erro. É o que acontece regularmente no campo do sono do bebé e este é um exemplo claro disso. É muito comum ouvir-se que “não se deve acordar um bebé que dorme”. Concordo com esta afirmação, mas apenas no que respeita ao período da noite.


É verdade que não se deve acordar um bebé recém-nascido (e que em situações de baixo peso ao nascimento e de prematuridade devem ser seguidos as recomendações do Pediatra relativamente ao intervalo entre refeições, tendo, nestas situações, os bebés que ser acordados para comer). Porém, esta situação não deve ser estendida a todo o universo dos bebés, especialmente quando se trata de dar oportunidade de regular os seus ritmos, o que é muito importante para o seu bem-estar geral, e claro para o ensinar a dormir.


É relevante saber (e a maior parte dos Pais espanta-se quando lhes digo) que os bebés gostam de ser acordados pelos Pais – que, atentos e previdentes, têm já a sua refeição pronta, mais do que gostam de acordar por si, muitas vezes, já no extremo do desconforto físico provocado pela fome (devo aqui reforçar que esta situação se refere apenas ao período do dia).


A partir de certo peso e tempo de vida, acordar um bebé é tão importante como ensiná-lo a dormir. É comum associar a capacidade dos bebés regularem os sonos com o seu temperamento, uma competência ou um dom com o qual nascem ou não, ou então como um problema que se resolve, porventura, com o tempo. No fundo, a crença geral de que é algo que provém da sorte e que dita o sucesso do seu descanso, esperando-se injustamente que o bebé percorra este caminho sozinho. No entanto, é aos pais que compete ensinar o bebé a dormir e, para tal, é fundamental orientá-lo na regulação dos seus ritmos de sono, pois eles não sabem fazê-lo por si. Como? Com diversas medidas, entre elas, acordando-o durante o dia quando é necessário! É certo que existem bebés que começam bem no campo do sono, no entanto, caso não se vá consolidando os bons hábitos e uma adequada sincronização de ritmos de alimentação, atividade e sono, facilmente poderá perder essa aptidão.


O relógio biológico do bebé, a partir do momento em que nasce, vai sendo programado progressivamente através das vivências e dos hábitos diários. O ritmo de sono pode e deve estabelecer-se precocemente e caso os Pais não compreendam que podem fazê-lo desde cedo, tenderão a seguir o ritmo errático (porque inexperiente) do bebé, esperando dele a sua autorregulação e incutindo-lhe uma autorresponsabilização para as quais naturalmente não está preparado. Se, muitas vezes, uma criança de 3 anos não sabe reconhecer a fome e o sono atempadamente, como se pode esperar de um bebé, com tão pouca experiência de vida, que saiba qual o melhor momento para comer ou dormir antes mesmo de chegar ao extremo do desconforto provocado pela fome ou pelo cansaço?


Alimentar um bebé durante o dia quando já está cheio de fome, ou pô-lo a dormir quando já está muito cansado, nunca é a melhor altura para o fazer. No caso da alimentação,  mediante uma resposta exclusivamente reativa, o bebé estará predisposto a mamar pior, mais sôfrego, mais propenso a engolir ar e, consequentemente a desenvolver cólicas. No caso do sono, o bebé terá mais dificuldade em acalmar-se (condição fundamental para poder adormecer), pois, já exausto e na eminência de entrar numa espiral de choro, tem tendência a descontrolar-se e, como tal, já só adormecerá de forma induzida (sendo tipicamente aqui que se iniciam os maus hábitos para dormir).


Durante o dia é obviamente muito importante para o bebé dormir, no entanto, sestas que se estendam por mais de 3 horas acabam por atrasar refeições e é certo que o bebé procurará repor a quantidade suprimida, despertando quando não o deveria fazer, ou seja, no período da noite.


O tempo que um bebé consegue ficar acordado entre períodos de sono é limitado e variável de acordo com o seu peso e a sua idade, sendo que o mesmo se aplica ao intervalo de tempo entre refeições. Não acordar um bebé que dorme há mais de 2,5 horas seguidas (e reforço que aqui se excluem os recém-nascidos, os prematuros, os bebés com baixo peso à nascença e os que têm mais de 12 meses, que poderão fazer apenas uma sesta diurna, com a duração máxima de 3 horas), aguardando que este acorde por si, significa permitir que tal aconteça já no limite da sua capacidade de estar sem comer. Ao final do dia, dará provas do seu desconforto e a tarefa de ensinar a dormir ou simplesmente conseguir que o bebé adormeça num horário compatível com as suas necessidades de sono, ficarão seriamente comprometidas.


Os bebés cujos pais seguem o seu ritmo de forma reativa  (respondendo por reação de forma padronizada), são bebés tendencialmente mais “chorões”, que aprenderam a usar o choro como primeiro recurso e que estão predispostos a dormir menos. Um bebé que chora com fome já deveria estar a comer, um bebé que chora de cansaço, já deveria estar a dormir.


A melhor forma de evitar que as necessidades do bebé venham a ser atendidas no seu limite é orientá-lo segundo uma rotina diurna ajustada ao seu peso e idade. Mais especificamente, em relação ao sono, um bebé terá melhores oportunidades de encaixar a distribuição/duração do sono, durante o dia e a noite, se for orientado. Mas orientar um bebé implica, sempre que for necessário, acordá-lo.


Assim, ensinar um bebé a dormir, só é possível através de uma rotina diária, que sirva as suas necessidades reais mesmo antes que as sinta de forma manifesta; esta rotina serve para o ajudar a regular-se nas 24 horas e, desta forma, contribuir para um melhor aprendizagem dos padrões do dia e da noite.


Fica assim claro que sem um ritmo ajustado de alimentação, sono e atividade durante o dia, é muito provável que a desregulação se venha a manifestar ao fim do dia e durante a noite.



“Ensinar o bebé a dormir sempre com luz durante o dia” - Mitos que comprometem o sono do bebé

Os mitos populares têm vindo a comprometer os bons hábitos afectos ao sono do bebé e a sua consolidação desde cedo. A maioria destes mitos subestimam ou interpretam mal a capacidade de aprendizagem que, desde cedo, o bebé tem. Estes mitos têm viajado no tempo ao longo de décadas e gerações e causado algo, tão visível em Portugal, como a crise de sono que actualmente se observa em bebés e crianças, ainda que, obviamente, não seja esta a causa exclusiva.


Mito: “Deve ensinar-se um bebé a dormir sempre com luz durante o dia, para que saiba distinguir o dia da noite e perceba quando deve dormir seguido”. É verdade que um bebé nasce com um relógio biológico de 24h a definir (e função dos ritmos de alimentação, actividade e sono) e que, a definição dia/noite parte da vivência e dos hábitos que adquire no dia-a-dia. No entanto, mesmo com os melhores esforços (através deste mito), caso não se oriente o bebé num seguro e sólido desmame nocturno (através de uma rotina ajustada que potencie a regulação de ritmos, a noite continua a ser “território de risco” relativo ao despertar (sendo a fome apenas uma das causas iniciais do enraizamento do hábito de despertar noturno).


Uma coisa é o bebé compreender a diferença da noite para o dia que, na verdade, o faz desde muito cedo através de determinadas referências (barulho exterior, luz natural, etc.) outra coisa é ser ensinado, de forma segura, a dormir a noite seguida, desde cedo sem retrocessos. Existem muitos pais que, mesmo conseguindo mostrar uma grande diferença aos seus bebés entre a noite e o dia (por exemplo, pondo sempre o bebé a dormir as sestas na sala, com barulho e muita luminosidade) podem não estar a ensinar de forma congruente os padrões da noite - como sendo um momento exclusivo onde nada deve acontecer, apenas dormir.


Claro que não se espera que um bebé recém-nascido tenha capacidade de dormir a noite seguida sem se alimentar, mas a preparação para que tal venha a acontecer, depende muito do padrão do sono diurno combinado com adequados ritmos de alimentação e actividade ajustados a cada fase. Então, o esforço de usar luz e estímulos como condições por excelência para pôr o bebé a dormir durante o dia, com a melhor das intenções, pode não ajudar à consolidação de noites sem despertares recorrentes. Para além disso, vai dificultar a capacidade do bebé aprender a dormir sestas (de tempo ajustado) durante o dia. A distribuição, duração e tipologia do sono diurno está directamente relacionado com a qualidade e até continuidade do sono nocturno. Cada sesta diurna é uma oportunidade de ouro para ensinar e consolidar aprendizagem neste campo, a noite não é território de aprendizagem por excelência, mas sim o momento de pôr em prática, de forma mais continua, o que se exercitou várias vezes durante o dia.


Os bebés aprendem o que esperar, seja de dia ou de noite, com um conjunto de referências e respostas dependentes de uma boa regulação dos ritmos de alimentação, actividade e sono durante o dia, uma rotina diurna ajustada, que trabalhe referências e ensine a cadência e sequência de eventos e que facilite um claro entendimento do que deve acontecer de dia e, quando este chega ao fim, qual a postura esperada de noite. E reforço que à noite não devem haver “acontecimentos” - mudanças de local, ou respostas que baralhem o bebé do pretendido, que será dormir apenas. Mas se à noite e, a partir de certo peso, não se deve acordar um bebé, será necessário compreender a importância que poderá ter acordar um bebé que dorme demais e de forma seguida durante o dia, a par da sua correcta regulação do relógio biológico, o que protege também a noite.


Não sugiro “breu” e absoluto silêncio desde cedo, pois não é real, mas um ambiente protegido a partir de certa idade, ou para certo tipo de temperamentos, é a melhor forma de consolidar a aprendizagem de dormir sestas de tempo necessário, e é disso que o bebé mais precisa - de se habituar, como aprender a reconhecer e adaptar-se às referências de redução de estímulo, acalmar e abstrair, perceber quando é hora de ir dormir e não hora de actividade.


A partir de certa idade os bebés começam a influenciar-se mais com o ambiente envolvente, o que é óptimo sinal, mas a tarefa de adormecer e continuar a dormir por três ou quatro ciclos circadianos (em cada sesta), será dificultada, em especial caso haja demasiadas referências a actividade e hábitos enraizados nesse sentido. Um bebé precisa estar calmo para adormecer, e se o recém-nascido adormece sozinho com luz e muitos estímulos, à medida que está mais desenvolvido, precisa de ser protegido visualmente de estímulos. Há mesmo uma idade/fase de desenvolvimento que só com escuro o bebé consegue adormecer (não esquecendo que a produção de melatonina aumenta com menos luminosidade). Caso se tenha perdido meses a insistir que o bebé durma com luz, na sala (por exemplo), é a isso que o bebé se habituou - não só o bebé terá razões para resistir ao ser posto num quarto meio escuro sem alusões a brincadeira, como a sua associação directa ao sono tem mais de agitação do que uma postura que beneficie a calma e a abstracção. Eventualmente nessa altura, já passaram meses em que não se consolidaram sestas de tempo ajustado e o bebé poderá estar habituado a dormir menos do que precisa (do que o necessário para o seu metabolismo), influenciando a noite, mas também o número total de horas de sono necessárias à sua fase de desenvolvimento.


O sono do dia (sestas) tem uma enorme importância no sono da noite e assim, compensa ensinar a dormir de dia com as referências certas (e que não se prendem apenas com o local e com a luz). Deve-se sistematizar a aprendizagem de acalmar, mudar de ritmo e de referências, (que devem, desde cedo, facilitar o auto-controlo), não pressupondo silêncio absoluto e o escuro como breu, mas sim uma protecção do ambiente enquanto o bebé consolida esta aprendizagem. Depois, com meses de consolidação, o bebé terá a capacidade de pôr em prática esta aprendizagem noutros ambientes (se lhe for dada essa oportunidade) e, como o trabalho mais importante, o treino da postura de abstracção e calma (no adormecer) já está sólido, será mais fácil para o bebé, mediante alguns sinais e acções dos pais, dormir por exemplo, num carrinho, na praia, ou noutro qualquer ambiente.



Ensinar o bebé a dormir: trabalho para os pais que compensa (todos). Adormecer o bebé: trabalho para os pais que desgasta (todos).

Ensinar a dormir é um investimento de tempo e dedicação que dá trabalho (não é novidade: orientar e educar um filho dá trabalho!). Mas os frutos são de um alcance visível, altamente recompensador, e provado em diversos estudos tanto para o desenvolvimento e bem estar excelente do bebé como imediatamente para todo o conjunto da experiência Parental.


Algumas vezes, sou deparada com a “surpresa”! “ Ah… achei que por estar certo era mais rápido”. Ao ser confirmado que para alcançar qualquer conquista mais sólida com o bebé, no sono ou fora dele, raramente se trata de um evento mágico e imediato, mas sim de um caminho a percorrer tal como qualquer conquista que envolva processo de aprendizagem e hábitos.


Há benefícios de começar cedo. O bebé está a aprender praticamente tudo, aprender a viver e esta aprendizagem é mais uma necessária. Comparando o tempo que uma criança está apta a aprender a andar, sensivelmente aos 12 meses, a aprendizagem afeta ao sono é alcançada realmente rápido, no entanto, precisa consolidação, conta com desafios físicos, cognitivos e emocionais normais ao longo do desenvolvimento - isto senão se contar já com hábitos indesejados a resolver no caminho! - o sono tem “costas largas”, mas num bebé saudável, tem variáveis mais facilmente controláveis, comparativamente a uma criança ou jovem.


Adormecer um bebé de forma induzida é um evento mais imediato. Verdade! Mas é também uma solução de curto prazo, que tende a médio longo prazo, dar cada vez mais trabalho aos Pais e menos autonomia, autoconfiança e noção de segurança aos filhos. No que toca à qualidade, duração, distribuição e continuidade do sono, esta solução de curto prazo é comprometedora do sono - tem “perna curta”- é uma das grandes causas do mau/pouco sono dos bebés.


Mas ensinar a dormir, envolve muito mais do que articular apenas medidas no momento exclusivo de ir dormir, tal como seria apenas ao se induzir o adormecer do bebé.


Ensinar a dormir, no seu momento exclusivo de ir dormir, pressupõe de forma muito redutora, deitar o bebé antes de estar a dormir, ou parar de acalmar o bebé antes de ele estar a dormir, para poder conciliar o sono de forma independente! Parece tão simples! Mas isso não é garantia absoluta, porque ensinar a dormir não é evento que se encerre apenas na fórmula da conciliação do sono.


Ensinar a dormir pressupõe dar a oportunidade orientada ao bebé de regular a distribuição do sono, a duração e continuidade deste. E tudo isto não vive sem a harmoniosa articulação com os ritmos de alimentação, atividade e sua tipologia. Não porque dá jeito aos Pais, mas sim com base na sua fase de desenvolvimento, fornecer o número de horas de sono e sua distribuição óptima, para viver dia após dia, após semana, após mês, vivências de um bem-estar superior. Assim optimiza todos os outros campos como alimentação, comportamento, conquistas de actividade, formando no conjunto  o bom desenvolvimento de toda a estrutura física, emocional e cognitiva. Os pilares onde toda a vida futura vai acentar.
Ensinar a dormir vai pressupor uma dedicação ao nível do desenvolvimento do autocontrolo físico e emocional do bebé postas em prática com medidas concretas, que suportem o verdadeiramente ensinar a acalmar do bebé para que em breve ele possa conquistar esse conhecimento e praticá-lo. Parte importante de ensinar o bebé a dormir passa por ensinar o bebé a mudar de ritmo, a acalmar. Por exemplo, abanar um bebé para o acalmar, na verdade não o acalma. Ele vê o mundo aos pulos, e isso distrai-o de chorar, mas caso o bebé esteja cansado, esse estímulo visual de movimento ainda o vai cansar mais. Assim que o “abano” acabe, e caso não tenha tido sorte em adormecer entretanto, ele vai chorar.


Provavelmente os Pais vão pensar: “ Ai tanta manha!...”. De forma objetiva neste exemplo, está a ensinar-se que para acalmar é preciso agitar. Além de não parecer fazer muito sentido, o que poderá o bebé aprender daqui? Será que ele consegue agitar-se de tal maneira sozinho e no fim estar calmo para adormecer? Ele terá essa capacidade física? Se a tiver será que esta é a melhor maneira de acalmar e relaxar? Depois do esforço físico de agitar, estará o batimento cardíaco calmo para adormecer sem descontrolo? Um bebé só adormece se estiver calmo.


Caso já esteja muito cansado é normal que comece a descontrolar os movimento dos braços e pernas (é isso que o cérebro faz quando está cansado- descontrola-se) acelerando o batimento cardíaco, que combinando com o cansaço de corpo e mente aproxima o descontrolo emocional. A tensão que gera um coração “aos pulos” empurra o bebé para um choro inconsolável, o típico choro em espiral. Este choro consome cada vez mais energia e gera ainda mais cansaço.


Esperem, mas o bebé já estava cansado e descontrolado no início! Mais cansaço mais descontrolo, mais descontrolo mais cansaço! Temos “espiral”! Isto não é estar calmo! Como pode aprender a adormecer tranquilamente desde pequenino se está neste descontrolo? É comum que seja nestes momentos que comece o recurso dos Pais às soluções físicas de curto prazo, e os maus hábitos para dormir. Ainda mais perigoso quando não se consegue evitar e o bebé está sistematicamente neste extremo de cansaço quando os Pais o tentam pôr a dormir, vez apos vez. Ensinar a dormir então precisa de uma estrutura de ritmos de alimentação, sono e atividade que proteja os timings e tipologias que empurram o bebé para os extremos de desconforto…(fome, cansaço,” super-estimulação”).


As estruturas da cadência do dia quando são ajustadas à idade e peso do bebé, são fórmulas simples que providenciam o bem-estar necessário para aprendizagens melhoradas a todos os níveis! O sono é uma delas!


A partir de certa idade, se apenas se orientou um bebé numa boa rotina ajustada ao bebé e pró-sono, sem um trabalho ao nível do elo de confiança com os Pais, desenvolvimento da noção de segurança e auto-estima do bebé, apenas a rotina pode ser insuficiente. Rotina adequada sim, mas trabalho ao nível da sintonia, do elo de confiança com os Pais, são variáveis a desenvolver desde muito cedo, como factor crítico de sucesso absolutamente vital para todo o desenvolvimento equilibrado do bebé. O campo do sono mais uma vez aparece para confirmar se está tudo bem conjugado: Rotina funcional e equilíbrio emocional.


É comum verificar-se que os Pais para tentarem acalmar um bebé pequeno sem ser pela questão da fome, usem mais o cuidado de respostas físicas, do que o cuidado igualmente ao nível de respostas de alcance emocional e do fortalecimento do elo de confiança. De forma mais objetiva possível, um bebé que chora (quando a causa não é fome nem dores) só tem uma hipótese a seguir: é acalmar. O “como”, está relacionado com a insistência da solução escolhida.


É comum conhecer mais bebés que foram ensinados a acalmar e adormecer ao colo (solução/resposta física), do que bebés que foram ensinados a acalmar para ir dormir antes mesmo de chorar, ensinados a auto-controlar a emoções desde cedo através do desenvolvimento precoce da sintonia com o estado de espírito orientador, verbal e físico da Mãe articulado com a protecção aos momentos de extremo desgaste. No entanto, as notícias construtivas são que ambas dão trabalho e como tal na grande maioria das vezes é uma questão de escolha e lembrança. A diferença é que os Pais tendem a persistir mais tempo, e há mais tempo, com maior peso na solução física, sendo algo completamente compreensível.


Ensinar a dormir de forma mais autónoma beneficia muito ao potenciar as várias frentes de comunicação que temos (e nem sempre os Pais se lembram de usar): a lógica do que dizemos e palavras que escolhemos, combinando com o tom com que as usamos, a velocidade com que falamos, o volume com que o dizemos, combinando com a nossa linguagem corporal e tudo isso combinado com a nossa respiração. Esta outra solução/resposta desenvolve mais cedo a atenção à comunicação e elo de confiança com os Pais e potencia melhor o desenvolvimento ao nível da estrutura emocional. Tendo um largo alcance, toca diretamente na questão do sono.


Os bebés são peritos em associações, e aprendem mais depressa do que se imagina popularmente! É de aproveitar em seu benefício (o deles é o nosso), pois o privilégio de criar e educar uma nova vida para crescer e se desenvolver de forma saudável, mentalmente produtiva, gradualmente capaz e futuramente autónoma, é o trabalho mais importante para a Humanidade e tem tanto de gratificação como de altruísmo. Ensinar a dormir deve ser encarado como umas das aprendizagens vitais, que ao contrário de não ensinar a dormir, o trabalho que dá, compensa largamente todo o empenho e esforço na direção certa, tornando-se gradualmente menos trabalhoso e desgastante para todos. É nesta direção que se promove o sono reparador como fonte de energia a proteger para fantásticos momentos acordados - Pais e Filhos!



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A importância de ensinar a dormir para o desenvolvimento do cérebro nos primeiros 12 meses

Quando nascemos, nascemos com uma folha quase limpa de informação. Além de não nascermos com hábitos, vícios ou tendências, estamos com o maior potencial de aprendizagem, o maior número de neurónios e também com a maior velocidade de divisão celular


O nosso corpo cresce mais depressa do que alguma vez irá experienciar, por isso, se fizéssemos uma pequena comparação, se crescessemos com o mesmo ritmo que crescemos durante esta fase, durante toda a nossa vida, seriamos maiores que certos prédios de vários andares! É interessante perceber que, da mesma maneira, toda a estrutura cognitiva e emocional se desenvolve com a maior rapidez nesta fase. Mais do que interessante, é fascinante!


Como é possível serem os bebés considerados, um tanto ou quanto, ”inferiores” ou “limitados”? “Autênticas máquinas de comer, dormir, chorar e fazer cocó”?


Não é questionável a importância que tem um bebé aprender a “pegar bem” no peito, para melhor se melhor alimentar e para melhor crescer; não é questionável a importância de aprender a reconhecer a voz e o rosto dos pais, pelo laço de confiança e noção de segurança; não é questionável aprender a aceitar tomar um banho, ou mudar a fralda porque é importante, mesmo que lhe custe. Porque haveria de ser menosprezada a importância da necessidade que um bebé tem dormir?


Dormir é uma necessidade básica vital. É a dormir que o bebé vai assimilar a informação que experienciou enquanto estava acordado, que irá crescer mais, ou mesmo curar-se (dada a aceleração concentrada da reprodução celular). Daí que se explique que é durante os primeiros 12 meses de vida que se aprende mais do que qualquer outra fase da vida. Tudo é novo, tudo é aprendizagem. O reflexo da sucção pode ser um reflexo inato, mas mamar bem é aprendizagem;. mexer os braços e pernas, cara, olhos, é inato, mas saber controlá-los segundo a vontade, é aprendizagem! A equação fica fácil de definir para os Seres Humanos no início de vida: quanto mais houver necessidade de crescer, aprender ou curar (que é facilmente observável especialmente nos primeiros 12 meses de vida) mais tempo é necessário de sono - pois é onde se dá o processamento e reestruturação. No entanto não significa que seja necessário dormir 24h horas, existem estudos já feitos, alguns nem tão recentes, que definem o tempo ideal de sono para cada fase da vida.


Para os bebés o consumo de energia é grande e o “ depósito” de combustível” (estômago), é pequeno, logo a resistência é muito menor. Assim torna-se simples imaginar a tortura física e psicológica de um bebé, por exemplo, com um mês, que está mais de três horas acordado. Tudo se quer gradual, e como tal, nesta fase (até aos 12 meses), estar acordado a experienciar a vida também deve ser gradual, pela continuidade de tempo acordado.


Quando o bebé dorme a Mãe pode descansar, o que tem benefícios fundamentais para ambos: a mãe dormindo e alimentando-se bem, melhora sua produção de leite (em termos de fluxo e quantidade) e, claro melhora a sua disposição e capacidade de investir na qualidade de vivência quando o bebé está acordado, e dar-lhe 100% de si!


É fundamental a Mãe conhecer as causas de desconforto do seu bebé, as melhores posições para alimentação, os “timings” e os ambientes mais adequados, as melhores actividades (adequadas a cada fase) e, depois, quando o bebé está cansado e começa a mostrar os primeiros sinais de sono, seguir para aquela que é a uma das aprendizagens mais importantes da vida, importantíssima para a mente e corpo em crescimento: Dormir!


A especialização em Ritmos de Sono do Bebé

Tudo começou em 2006. Comecei o estudo, primeiro mais casual e depois aprofundado, de metodologias relacionadas com a regulação dos hábitos e toda a área comportamental de bebés, mesmo um ano antes de ficar grávida. Em 2007, comecei a implementar as práticas no meu primeiro filho, os resultados foram indiscutivelmente diferenciadores daquilo a que sempre me habituei a ver nos bebés aqui em Portugal: noites complicadas, a aceitação de que é normal que um bebé chore bastante e acorde durante a noite até tarde, simplesmente porque é bebé, entre outras conformidades por puro desconhecimento. Foi importante comprovar pessoalmente que afinal isso são variáveis que não dependem apenas da sorte, antes pelo contrário, são variáveis controláveis em qualquer bebé, especialmente com temperamentos difíceis.


Também após o nascimento do meu segundo filho, desta vez uma menina, comecei a alargar e aprofundar o estudo a vários entendidos/escolas/abordagens, concretizando em conformidade uma especialização no campo dos "Hábitos/Ritmos de Sono" por MNT Training em Reading University - United Kingdom. A certificação veio consolidar o meu trabalho e estudo nesta área e permitir que este conhecimento se tornasse numa actividade profissional. 


Prestei também serviço voluntário a bebés com o objectivo de resolver problemas relacionados com hábitos de sono, alimentação e comportamento e, e posteriormente, concretizei uma nova forma de organizar a minha ajuda com o projecto “Conselheira de Bebés”. Projecto este, abençoado pelo Prof. Dr. Mário Cordeiro que desde sempre disponibilizou o seu apoio pessoa e profissional, bem como o apoio da psicóloga Dr.ª Teresa Botelho, quem em muito veio reforçar a minha dedicação a esta causa. 


Concluí também a formação em "Maternity Practionnier Award" para consolidação numa área meta-sono complementar aos cuidados do Bebé e da Mãe, também esta no Reino Unido. (A razão pela qual não faço a tradução dos termos, prende-se com o pormenor de não existir formação que encaixe em paralelo em Portugal, sob a mesma estrutura e metodologia)