Saiba a ordem das sestas de acordo
com as necessidades do seu filho e quando é expectável que possam
desaparecer - De acordo com a idade e outros factores relevantes.
No primeiro ano
de vida de um bebé, a vida parece virada para compreender a
necessidade de dormir sestas e parece nunca mais terminar…. Mas por
fim começa a diminuir gradualmente quanto mais próximo da infância.
Em apenas um ano de vida, o seu filho irá de 4 ou 5 sestas até 1 ou
2.
Um bebé até aos 3 meses de
idade tipicamente tem uma necessidade de 15-18 horas de sono em 24h,
de acordo com as avaliações de neurologistas, pediatras e
especialistas, e como tal além da noite, ele poderá ter que dormir
entre 6 a 4 sestas (dependendo da duração de cada uma, não
sendo recomendável que de forma padronizada e a partir do 1º mês
faça sestas maiores de 2h30 horas e sim as divida em 4 momentos de
dormir durante o dia)
Ao virar dos 3-4 meses, poderá
logo reduzir-se de 4 sestas para 3: Ficando uma sesta de manhã e
outra durante a tarde, e no final do dia, uma “power nap”. Isto
acontece porque o bebé, também começa a ter maior capacidade em
estar acordado em qualidade porque as necessidades de sono em 24h
também diminuem numa hora.
Normalmente é a sesta da manhã a
próxima a sair, o que tende acontecer algures entre os 12 e os 18
meses. Muitas vezes quando esta sesta sai, mais próximo dos
ainda 12 meses, pode ser necessário recuperar ou manter a “power
nap” do fim do dia, por exemplo em casa. Esta variação no
intervalo de idade poderá dever-se a vários factores e não apenas,
na maioria dos casos, à entrada na cresce, e serão esses tais como
peso do bebé, temperamento, se o bebé nasceu no termo ou foi
prematuro, entre outros. É importante lembrar que o facto do bebé
aparentar não querer dormir a sesta, não significa sempre que não
precisa dela. Lembre-se que mesmo as crianças de 18 meses ainda
precisam cerca de 12 a 14 horas de sono total em 24h (Assim confirma
dados da NSF mas também como já R. Ferber publicou em 1991). Mas a
verdade é que até mesmo a “power nap” ou a sesta rápida do
final do dia, acabará por desaparecer, em algumas crianças logo
aos 14 meses, outras mais tarde.
Outro dado fornecido pela National
Sleep Foundation revela que apenas 50 por cento das crianças, ainda
dormem a sesta aos quatro anos de idade e 70 por cento finalizam a
única sesta do dia aos 5 anos. Não creio que estas percentagens
possam diferir assim tanto da nossa realidade portuguesa, mas se
tivesse que dar um palpite creio que inverteria a percentagem. De um
modo ou de outro, não deixa de ser lamentável a desnecessária
hipoteca à qualidade de vivências e aprendizagens das nossas
crianças, nestas idades tão ricas e estruturantes. É, no entanto,
bastante notório e muito apresentado pelos Pais, como tantas vezes é
difícil encontrar uma creche seja pública ou instituições
privadas, muitas vezes conceituadas, que possam oferecer condições
ou organização para uma sesta depois dos 3 anos. Quase
vergonhoso pelo desconhecimento da sua importância. Mas
compreensível num País com fraca cultura e respeito pelos hábitos
de sono e o impacto do sono logo na base da vida. (Mas acredito estar
a mudar!)
Se o seu filho resiste a uma soneca,
tente observar se este demonstra sinais de sono como: esfregar os
olhos, ou bocejo, labilidade emocional, querer tudo e não querer
nada, não se concentrar em nada mais do que um minuto, no fundo, uma
rabugice geral que pode até meter até choro e birra, algo que
visivelmente possa degradar a qualidade da sua própria vivência.
Sempre que notar estas “bandeirinhas vermelhas”, isso
significa que seu filho muito provavelmente ainda precisa de uma
sesta.
Se o hábito não existe ou se perdeu,
essa poderá ser a maior barreira motivacional de qualquer Mãe ou
Pai! Não menos difícil se a criança se encontra numa creche que
por razões de organização interna, já não a façam. Na creche
existe algo importante que trabalha a motivação e expectativa da
criança: O ir “em grupo”, e o ser feito todos os dias- o que
torna tudo mais simples, isto quando a creche tem uma estrutura
planeada para dar valor a esta questão pertinente.
Em casa compreende-se o difícil que
se pode tornar para uma criança que não está habituada a parar as
suas brincadeiras para ir dormir, quando mais ninguém vai,
especialmente se já não a fazia como hábito, além do difícil que
é trabalhar de forma simples essa expectativa, sem birra. Mas
garanto que caso avalie de forma muito objectiva os ganhos e os
custos para o seu filho, será esse o maior motor da sua motivação,
enquanto Mãe ou Pai. O plano detalhado para que funcione da
melhor maneira (Seja da própria sesta, seja da sua coordenação e
potenciação com o sono da noite), poderá sempre detalhá-lo em
pormenor com um especialista experiente na matéria!
Boa noite Drª.,
ResponderExcluirA nossa filha tem 3 meses e meio, e tem como diagnostico hipotonia (menos tonus muscular e sucção débil, por isso come por tetina e por sonda). Sempre teve alguma irritabilidade, e o que a leva a ter choros grandes e prolongados, além que é uma bebe que está muito tempo acordada, seja de dia ou de noite.
Estas ultimas semanas têm estado terríveis as noites, acorda às 23h e é capaz de estar acordada a chorar até às 5h ou 6h.
Durante o dia fazia alguns sonos, mas nunca muito completos.
Após ler alguns artigos, começamos esta semana a criar alguma rotina durante o dia, ou seja, damos de comer, temos alguma actividade ou estimulação com ela, assim que percebemos que começa a esfregar os olhos vamos deita-la ficando ao lado da cama, dá duas ou três voltas e adormece sozinha. Na mamada seguinte voltamos a acorda-la e repetimos o processo.
Estas ultimas 3 noites tem estado mais serena, sem estar literalmente a gritar, faz a mamada das 3h, e adormece por volta das 4h/4h30.
Neste momento ela tem 3 meses e meio, tem estado a engordar gradualmente, e come de 4h em 4h, nesta fase poderemos alongar o período nocturno para um intervalo de 6 horas?
Se sim, na ultima mamada deverá existir algum reforço de mais ml ou suplemento, de forma a não acordar com fome?
Cumprimentos,
Sara Madeira